Por Carolina Rodrigues (nina)
A Arte não está separada da economia, da política e dos padrões sociais que operam na sociedade. As inovações tecnológicas avançam nosso cotidiano influenciando nos comportamentos pessoais e sociais. Estamos em pleno momento de transformação. As idéias caminham numa velocidade em que não somos capazes de acompanhar. Novas formas de pensar, de agir e de se relacionar foram surgindo por meio de recursos diferenciados. O nosso universo hoje não é mais mecanizado e sim informatizado. Após as duas grandes guerras o desenvolvimento tecnológico continua crescendo e não mais se baseia em um universo mecânico, e sim em um universo das imagens e informações. Daí surgem diversos materiais de orientação para professores em diversos suportes como jornais, livros, revistas, vídeos, etc, para estimular no aluno uma leitura criadora, propondo questões a serem resolvidas.
O Ensino de Arte atualmente vem mudando. Durante muito tempo, a apreciação artística e História da Arte não tinham lugar na escola, seja por má interpretação das teorias ou por escasso acesso a materiais. As imagens, as visitas às exposições de Artes eram raras. A imagem, seja em qualquer forma, não era usada nem mesmo nas escolas particulares. “É como ensinar a ler sem livros na sala de aula.” (BARBOSA, 1991, p. 12).
Os materiais utilizados no processo de ensino-aprendizagem, de acordo com a citação acima, são de grande importância no desenvolvimento das aulas. Os recursos didático-pedagógicos ― como revistas, livros, vídeos, cartões postais, imagens de obra de Arte, dentre outros materiais ―, tendem a possibilitar uma maior compreensão dos alunos acerca dos conteúdos estudados, contribuindo para a melhoria do ensino, sobretudo das Artes Visuais, que lida principalmente com as questões relacionadas à imagem.
Cabe ao educador fazer perguntas que instiguem o olhar curioso, provocador de desafios, obtendo novas respostas, a partir de outras visões, de novas formas de olhar, e, por esse motivo, ele deve sempre estar em busca de novos conhecimentos e recursos que facilitem a melhor compreensão do aluno acerca dos assuntos abordados em sala de aula. Desse modo, compreendemos então que
O papel do educador não é provocar ampliações ou mudanças durante o fazer do aluno. Sua intervenção já ocorre antes, no sentido de organizar a ação, na escolha de materiais adequados para a sondagem e na preparação do espaço externo, do ambiente (MARTINS, 1998, p. 167).
A imagem, independentemente de sua linguagem, tem um extraordinário poder de comunicação. Isso está comprovado por meio de registros dos vestígios de desenhos e pinturas rupestres encontradas nos primórdios da humanidade. Estas pinturas atestam a necessidade de comunicação de um homem que, no decorrer da marcha dos séculos, foi adquirindo novos instrumentos, como a linguagem gráfica, a cinematografia, o rádio, a televisão, os materiais impressos, dentre outros.
O mundo está mudando e os recursos didático-pedagógicos são ferramentas que ajudam as o aluno a compreender sua época, visto que tais recursos costumam ser auto-explicativos e de fácil uso, contribuindo para despertar os alunos para uma compreensão da Arte, além de fornecer aos professores os instrumentos e as sugestões para continuarem a desenvolver outras atividades de Arte-Educação.
Referências Bibliográficas:
BARBOSA, Ana Mae. A imagem no Ensino de Arte: anos oitenta e novos tempos. São Paulo: Perspectiva /Ichope, 1991, 134 p.
MARTINS, Mirian Celeste; PICOSQUE, Gisa: GUERRA, Maria Terezinha Telles. Didática do Ensino de Arte - A língua do mundo. Poetizar fruir e conhecer arte. São Paulo: FTD, 1998.
0 comentários:
Postar um comentário