Por Carolina Rodrigues (nina)
A Arte não está separada da economia, da política e dos padrões sociais que operam na sociedade. As inovações tecnológicas avançam nosso cotidiano influenciando nos comportamentos pessoais e sociais. Estamos em pleno momento de transformação. As idéias caminham numa velocidade em que não somos capazes de acompanhar. Novas formas de pensar, de agir e de se relacionar foram surgindo por meio de recursos diferenciados. O nosso universo hoje não é mais mecanizado e sim informatizado. Após as duas grandes guerras o desenvolvimento tecnológico continua crescendo e não mais se baseia em um universo mecânico, e sim em um universo das imagens e informações. Daí surgem diversos materiais de orientação para professores em diversos suportes como jornais, livros, revistas, vídeos, etc, para estimular no aluno uma leitura criadora, propondo questões a serem resolvidas.
O Ensino de Arte atualmente vem mudando. Durante muito tempo, a apreciação artística e História da Arte não tinham lugar na escola, seja por má interpretação das teorias ou por escasso acesso a materiais. As imagens, as visitas às exposições de Artes eram raras. A imagem, seja em qualquer forma, não era usada nem mesmo nas escolas particulares. “É como ensinar a ler sem livros na sala de aula.” (BARBOSA, 1991, p. 12).
Os materiais utilizados no processo de ensino-aprendizagem, de acordo com a citação acima, são de grande importância no desenvolvimento das aulas. Os recursos didático-pedagógicos ― como revistas, livros, vídeos, cartões postais, imagens de obra de Arte, dentre outros materiais ―, tendem a possibilitar uma maior compreensão dos alunos acerca dos conteúdos estudados, contribuindo para a melhoria do ensino, sobretudo das Artes Visuais, que lida principalmente com as questões relacionadas à imagem.
Cabe ao educador fazer perguntas que instiguem o olhar curioso, provocador de desafios, obtendo novas respostas, a partir de outras visões, de novas formas de olhar, e, por esse motivo, ele deve sempre estar em busca de novos conhecimentos e recursos que facilitem a melhor compreensão do aluno acerca dos assuntos abordados em sala de aula. Desse modo, compreendemos então que
O papel do educador não é provocar ampliações ou mudanças durante o fazer do aluno. Sua intervenção já ocorre antes, no sentido de organizar a ação, na escolha de materiais adequados para a sondagem e na preparação do espaço externo, do ambiente (MARTINS, 1998, p. 167).
A imagem, independentemente de sua linguagem, tem um extraordinário poder de comunicação. Isso está comprovado por meio de registros dos vestígios de desenhos e pinturas rupestres encontradas nos primórdios da humanidade. Estas pinturas atestam a necessidade de comunicação de um homem que, no decorrer da marcha dos séculos, foi adquirindo novos instrumentos, como a linguagem gráfica, a cinematografia, o rádio, a televisão, os materiais impressos, dentre outros.
O mundo está mudando e os recursos didático-pedagógicos são ferramentas que ajudam as o aluno a compreender sua época, visto que tais recursos costumam ser auto-explicativos e de fácil uso, contribuindo para despertar os alunos para uma compreensão da Arte, além de fornecer aos professores os instrumentos e as sugestões para continuarem a desenvolver outras atividades de Arte-Educação.
Referências Bibliográficas:
BARBOSA, Ana Mae. A imagem no Ensino de Arte: anos oitenta e novos tempos. São Paulo: Perspectiva /Ichope, 1991, 134 p.
MARTINS, Mirian Celeste; PICOSQUE, Gisa: GUERRA, Maria Terezinha Telles. Didática do Ensino de Arte - A língua do mundo. Poetizar fruir e conhecer arte. São Paulo: FTD, 1998.
30 de abr. de 2010
Ursinho Puff
Estes riscos servem tanto para festinhas de meninas quanto para meninos...
É só quadricular o desenho como mostra a imagem acima e depois quadricular o suporte onde deseje para copiar a imagem quadrado por quadrado.
Este técnica de ampliação ou redução é conhecido como "método de grade" do artista desenhista e pintor alemão Albrecht Dürer.
Fontes das imagens:
http://jukaarts.blogspot.com/
http://desenhoseriscos.blogspot.com/
Bjim
É só quadricular o desenho como mostra a imagem acima e depois quadricular o suporte onde deseje para copiar a imagem quadrado por quadrado.
Este técnica de ampliação ou redução é conhecido como "método de grade" do artista desenhista e pintor alemão Albrecht Dürer.
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http://jukaarts.blogspot.com/
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Desenhos/Riscos
As crianças : seus sentimentos, sua inocência e amor registrados pelo pintor Donald Zolan
Imagens que nos emocionam...
Como as crianças são puras...
Donald Zolan é reconhecido atualmente como o maior pintor das Américas na área infantil. A beleza de sua obra encanta a todos. Ela expressa com espantosa fidelidade os sentimentos infantis, a inocência, a alegria e o amor. São autênticas fotografias.
Como as crianças são puras...
Donald Zolan é reconhecido atualmente como o maior pintor das Américas na área infantil. A beleza de sua obra encanta a todos. Ela expressa com espantosa fidelidade os sentimentos infantis, a inocência, a alegria e o amor. São autênticas fotografias.
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Arte - Imagens/vídeos curiosos
29 de abr. de 2010
linda carteirinha artesanal
Material
1 caixa de leite vazia e limpa
1 pedaço de manta acrílica (de 25 x 35 cm)
2 pedaços de tecido estampado (de 25 x 35 cm cada)
1 m de viés preto
Botão grande
30 cm de elástico redondo e preto
Cola instantânea
Cola para tecido
Cola branca
Tesoura
Linha branca
Agulha grossa
Passo-a-passo:
Passo 1
Abra a caixa de leite e limpe-a bem
Passo 2
Passe cola branca no lado colorido da caixa e grude a manta acrílica.
Espere secar por cerca de 20 minutos
Passo 3
Com a cola de tecido, grude um pedaço do pano estampado por cima
da manta acrílica e outro do lado prateado
Passo 4
Corte as sobras, deixando o pano e a manta bem rentes à caixa
Passo 5
Dobre tudo no sentido do maior lado do retângulo, sem marcar muito
Passo 6
Arredonde as pontas de apenas um dos lados. Abra o retângulo novamente
Passo 7
Agora dobre a peça no sentido do lado menor. Forme a bolsa, deixando duas partes do mesmo tamanho e a ponta arredondada por cima
Passo 8
Costure as laterais das partes de tamanho igual. É aqui que seus pertences serão guardados, por isso deixe bem preso
Passo 9
No centro da parte arredondada, faça um furo com a tesoura
Passo 10
Use a cola de tecido para arrematar as bordas com o viés preto
Passo 11
Passe as duas pontas do elástico dentro do furo. Faça um nó grosso do lado de dentro. Para aderir melhor, use cola instantânea
Passo 12
Do outro lado, costure um botão grande em cima do furo do elástico. Se quiser, fixe-o melhor com cola.
Está pronta! Espero que tenham gostado!
Dicas
- A bolsa-carteira é sinônimo de elegância. Você deve sim, usá-la em festas. Só vale lembrar: prefira tecidos nobres ou brilhantes caso a ocasião seja mais formal.
- Prenda uma alça (de corrente de metal ou de tecido) para fazer um modelo diferente.
- É possível mudar o tamanho da bolsa. Junte mais de uma caixa de leite para produzir uma maior.
- Ela também pode ser usada como carteira normal, claro!
Fonte:http://mdemulher.abril.com.br/moda/fotos/acessorios/aprenda-fazer-bolsa-carteira-tecido-estampado-426644.shtml?foto=12#14
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O Ensino de Arte no Brasil e sua inserção na escola
Por Carolina Rodrigues (nina)
A Arte não surgiu do nada, não nasceu por força do acaso. Conforme Ozinski (2001, p. 11), “as origens da arte coincidem com as do próprio homem.” Segundo esta autora, a história do Ensino de Arte formal, dentro de instituições escolares, é algo recente na história da humanidade.
Se pararmos para pensar, ler e nos informar, veremos que a cultura e as manifestações artísticas estão presentes na vida do ser humano desde a pré-história, onde o homem já demonstrava a necessidade de se expressar por meio de desenhos e pinturas rupestres, encontradas nas paredes das cavernas, registrando sua história ao longo dos anos. Nesta época, os conhecimentos artísticos eram transmitidos pela tradição, passados de geração em geração. Nesse contexto, observamos que
Desde a época em que habitava as cavernas, o ser humano vem manipulando cores, formas, gestos, espaços, sons, silêncios, superfícies, movimentos, luzes, etc., com a intenção de dar sentido a algo, de comunicar-se com os outros (MARTINS, 1998, p. 14).
Na época das colonizações, como por exemplo, a do Brasil, os artistas, como Victor Meirelles e Almeida Júnior, desempenhavam um papel muito importante, pois, retratavam por meio de desenhos, pinturas e outras técnicas artísticas, o lugar descoberto. Ainda hoje, o homem possui a mesma necessidade de retratar o mundo ao seu redor. Assim, investigando a Arte e sua história na Humanidade, nos questionamos: ― Mas, como será que se deu o início da Arte como ensino formal, institucionalizado, no Brasil?
O povo que habitava o Brasil quando ele foi “descoberto” pelos europeus, já possuía uma arte própria, que expressava sua maneira de viver, seus costumes, hábitos e pensamentos.
Segundo BIASOLI (1999), em 1549 os Jesuítas vieram para o Brasil sob ordem da classe dominante Portuguesa para pacificar e catequizar os índios. A partir de suas ações, surge a 1ª manifestação do Ensino de Arte no Brasil, onde os seus trabalhos se estendem para além dos adultos, atraindo a atenção das crianças por meio da Música, Dança, Teatro e Poesia, com o objetivo de estabelecer os padrões de comportamento pela Igreja Católica. Em 1759 ocorre a expulsão dos Jesuítas pelo Marquês de Pombal, o que originou uma nova colocação para o Ensino de Arte no país, ou seja, instaurando o ensino de desenho, com a criação das “aulas públicas” de geometria. Contudo, tais aulas igualmente sofrem mudanças, como, por exemplo, o acréscimo do desenho de modelo vivo, por meio de aulas régias, em 1800.
Com a vinda de D. João VI para o Brasil em 1808, o país passa por várias mudanças significativas, tais como: a implantação da imprensa, a criação do Jardim Botânico do Rio, que incentiva o levantamento das variedades de plantas e animais para estimular expedições científicas, dentre outras. Ainda não havia de modo geral, uma política educacional sistematizada e planejada.
Em 1816, com a Missão Artística Francesa, foi criada a Academia Imperial de Belas-Artes no Rio de Janeiro. Ao chegar ao Brasil, a Missão Francesa encontra o Barroco brasileiro, realizado por artistas que eram considerados, pelas camadas superiores, como simples artesãos. Desse modo, o Barroco passa a ser substituído pelo Neoclassicismo trazido pelos franceses, considerado por eles como o que havia de mais “moderno” na época: Faculdade de Medicina, para preparar médicos para cuidar da saúde da Corte; Faculdades de Direito, para preparar a elite política local; Escola Militar para defender o país de invasores e uma Academia de Belas-Artes.
A partir disso, surgem novas vertentes para o ensino escolar da Arte no Brasil, pois a tendência idealista liberal da época acreditava que a educação, sozinha, poderia garantir a construção de uma sociedade mais igualitária e democrática. As novas tendências pedagógicas que vão surgindo se denominam como Pedagogia Tradicional, Escola Nova e Pedagogia Tecnicista.
No Ensino de Arte a Pedagogia Tradicional possui sua ênfase no desenho, sendo pautada por uma concepção de ensino autoritária, centrada na valorização do produto e na figura do professor como dono absoluto da verdade. O desenho deveria servir à ciência e à produção industrial, utilitária. Com isso, a aprendizagem era passiva e quase “mecânica”, de modo que os conteúdos eram ensinados através da repetição de atividades, que tinham por finalidade exercitar a vista, a mão, a inteligência, a memorização, o gosto e o senso moral dos alunos. Por volta de 1930, surge a Escola Nova, que é disseminada a partir dos anos 50 e 60. Diferentemente da Pedagogia Tradicional, a Escola Nova levava em consideração os interesses, as motivações, as iniciativas e as necessidades individuais dos alunos, enfatizando, assim, o “aprender a aprender”, como fato mais importante para o desenvolvimento dos alunos. Na Escola Tecnicista, por sua vez, instaurada no Brasil nos anos 60 e 70, o professor passa a ser considerado como um técnico responsável por um competente planejamento dos cursos escolares. O elemento principal nesse modelo pedagógico é o sistema técnico de organização da aula e do curso. À educação escolar competia a organização do processo de aquisição de habilidades, atitudes e conhecimentos específicos, úteis e necessários para que os indivíduos se integrassem no mercado de trabalho.
Contudo, a partir de 1961, os educadores passam a discutir questões a respeito das reais contribuições da escola no processo de ensino-aprendizagem, e como conseqüência criam novas teorias buscando uma educação conscientizadora para os alunos. Com isso, surge novas pedagogias.
No ano de 1971 o Ensino de Arte passa a ser obrigatório no currículo escolar de 1º e 2º graus (que correspondem atualmente ao Ensino Fundamental e Médio, respectivamente), por meio da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional no. 5.692/71. Entretanto, naquele momento, ainda não havia nas universidades brasileiras cursos de formação para os professores de Educação Artística. Desse modo, em 1973, para atender a demanda, o governo criou cursos de graduação em Educação Artística, na modalidade de Licenciatura Curta, com duração de apenas dois anos, visando a formação de um professor que, segundo a proposta da época, deveria se tornar apto para ensinar conteúdos das quatro modalidades artísticas: Artes Visuais, Dança, Música e Teatro.
Com a promulgação da Constituição Federal em 1988, foi criada a nova LDB - Lei nº 9.394/96, que manteve a obrigatoriedade da Arte na Educação Básica: "O ensino da arte constituirá componente curricular obrigatório, nos diversos níveis da educação básica, de forma a promover o desenvolvimento cultural dos alunos" (artigo 26, parágrafo 2o).
A partir dos anos 80, com a mobilização de grupos de professores de Arte, surge no Brasil o movimento da Arte-Educação, objetivando ampliar discussões sobre a valorização e o aperfeiçoamento do professor de Arte, rever e propor novos percursos à ação educativa em Arte. Tais ações foram possíveis por meio da divulgação de idéias e princípios em todo o país, por meio de encontros e eventos promovidos por universidades, associações de arte-educadores e entidades públicas e particulares. Hoje, vemos que estas mobilizações geraram frutos bastante positivos, pois, percebemos que houve uma evolução nas discussões sobre a Arte nas instituições escolares, gerando novas concepções e metodologias para seu ensino e aprendizagem.
Uma dessas novas concepções foi a Metodologia Triangular, conhecida hoje como Proposta Triangular, que a autora Ana Mae Barbosa concebeu e a sistematizou a partir de três influências: As Escuelas al Aire Libre do México, o Critical Studies da Inglaterra e o DBAE desenvolvido nos Estados Unidos. A Proposta Triangular contempla o fazer artístico, mas também a sua contextualização e a leitura de imagem.
Em 1997 e 1998 foi apresentada, pelo Ministério da Educação, os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) de todas as disciplinas do currículo escolar, inclusive da Arte. Neles encontramos as proposições desta disciplina na rede escolar de ensino.
Enfim, percebemos que, assim como acontece em outras áreas de conhecimento, há um percurso histórico do Ensino de Arte, desde a pré-história até a contemporaneidade, onde é possível perceber que as criações e as realizações dos artistas, a existência de educadores em Arte, em instituições escolares ou fora delas, muito contribuíram para desenvolvimento da Arte na História humana.
Referências Bibliográficas:
BARBOSA, Ana Mae. Arte-Educação pós-colonialista no Brasil. In: Arte–Educação: conflitos/acertos. Belo Horizonte: Editora Arte, 1998, p. 30-81.
MARTINS, Mirian Celeste; PICOSQUE, Gisa: GUERRA, Maria Terezinha Telles. Didática do Ensino de Arte - A língua do mundo. Poetizar fruir e conhecer arte. São Paulo: FTD, 1998.
OSINSKI, Dulce Regina Baggio. Arte, história e ensino: uma trajetória. São Paulo, Cortez, 2001. (Coleção questões da nossa época; v. 79).
A Arte não surgiu do nada, não nasceu por força do acaso. Conforme Ozinski (2001, p. 11), “as origens da arte coincidem com as do próprio homem.” Segundo esta autora, a história do Ensino de Arte formal, dentro de instituições escolares, é algo recente na história da humanidade.
Se pararmos para pensar, ler e nos informar, veremos que a cultura e as manifestações artísticas estão presentes na vida do ser humano desde a pré-história, onde o homem já demonstrava a necessidade de se expressar por meio de desenhos e pinturas rupestres, encontradas nas paredes das cavernas, registrando sua história ao longo dos anos. Nesta época, os conhecimentos artísticos eram transmitidos pela tradição, passados de geração em geração. Nesse contexto, observamos que
Desde a época em que habitava as cavernas, o ser humano vem manipulando cores, formas, gestos, espaços, sons, silêncios, superfícies, movimentos, luzes, etc., com a intenção de dar sentido a algo, de comunicar-se com os outros (MARTINS, 1998, p. 14).
Na época das colonizações, como por exemplo, a do Brasil, os artistas, como Victor Meirelles e Almeida Júnior, desempenhavam um papel muito importante, pois, retratavam por meio de desenhos, pinturas e outras técnicas artísticas, o lugar descoberto. Ainda hoje, o homem possui a mesma necessidade de retratar o mundo ao seu redor. Assim, investigando a Arte e sua história na Humanidade, nos questionamos: ― Mas, como será que se deu o início da Arte como ensino formal, institucionalizado, no Brasil?
O povo que habitava o Brasil quando ele foi “descoberto” pelos europeus, já possuía uma arte própria, que expressava sua maneira de viver, seus costumes, hábitos e pensamentos.
Segundo BIASOLI (1999), em 1549 os Jesuítas vieram para o Brasil sob ordem da classe dominante Portuguesa para pacificar e catequizar os índios. A partir de suas ações, surge a 1ª manifestação do Ensino de Arte no Brasil, onde os seus trabalhos se estendem para além dos adultos, atraindo a atenção das crianças por meio da Música, Dança, Teatro e Poesia, com o objetivo de estabelecer os padrões de comportamento pela Igreja Católica. Em 1759 ocorre a expulsão dos Jesuítas pelo Marquês de Pombal, o que originou uma nova colocação para o Ensino de Arte no país, ou seja, instaurando o ensino de desenho, com a criação das “aulas públicas” de geometria. Contudo, tais aulas igualmente sofrem mudanças, como, por exemplo, o acréscimo do desenho de modelo vivo, por meio de aulas régias, em 1800.
Com a vinda de D. João VI para o Brasil em 1808, o país passa por várias mudanças significativas, tais como: a implantação da imprensa, a criação do Jardim Botânico do Rio, que incentiva o levantamento das variedades de plantas e animais para estimular expedições científicas, dentre outras. Ainda não havia de modo geral, uma política educacional sistematizada e planejada.
Em 1816, com a Missão Artística Francesa, foi criada a Academia Imperial de Belas-Artes no Rio de Janeiro. Ao chegar ao Brasil, a Missão Francesa encontra o Barroco brasileiro, realizado por artistas que eram considerados, pelas camadas superiores, como simples artesãos. Desse modo, o Barroco passa a ser substituído pelo Neoclassicismo trazido pelos franceses, considerado por eles como o que havia de mais “moderno” na época: Faculdade de Medicina, para preparar médicos para cuidar da saúde da Corte; Faculdades de Direito, para preparar a elite política local; Escola Militar para defender o país de invasores e uma Academia de Belas-Artes.
A partir disso, surgem novas vertentes para o ensino escolar da Arte no Brasil, pois a tendência idealista liberal da época acreditava que a educação, sozinha, poderia garantir a construção de uma sociedade mais igualitária e democrática. As novas tendências pedagógicas que vão surgindo se denominam como Pedagogia Tradicional, Escola Nova e Pedagogia Tecnicista.
No Ensino de Arte a Pedagogia Tradicional possui sua ênfase no desenho, sendo pautada por uma concepção de ensino autoritária, centrada na valorização do produto e na figura do professor como dono absoluto da verdade. O desenho deveria servir à ciência e à produção industrial, utilitária. Com isso, a aprendizagem era passiva e quase “mecânica”, de modo que os conteúdos eram ensinados através da repetição de atividades, que tinham por finalidade exercitar a vista, a mão, a inteligência, a memorização, o gosto e o senso moral dos alunos. Por volta de 1930, surge a Escola Nova, que é disseminada a partir dos anos 50 e 60. Diferentemente da Pedagogia Tradicional, a Escola Nova levava em consideração os interesses, as motivações, as iniciativas e as necessidades individuais dos alunos, enfatizando, assim, o “aprender a aprender”, como fato mais importante para o desenvolvimento dos alunos. Na Escola Tecnicista, por sua vez, instaurada no Brasil nos anos 60 e 70, o professor passa a ser considerado como um técnico responsável por um competente planejamento dos cursos escolares. O elemento principal nesse modelo pedagógico é o sistema técnico de organização da aula e do curso. À educação escolar competia a organização do processo de aquisição de habilidades, atitudes e conhecimentos específicos, úteis e necessários para que os indivíduos se integrassem no mercado de trabalho.
Contudo, a partir de 1961, os educadores passam a discutir questões a respeito das reais contribuições da escola no processo de ensino-aprendizagem, e como conseqüência criam novas teorias buscando uma educação conscientizadora para os alunos. Com isso, surge novas pedagogias.
No ano de 1971 o Ensino de Arte passa a ser obrigatório no currículo escolar de 1º e 2º graus (que correspondem atualmente ao Ensino Fundamental e Médio, respectivamente), por meio da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional no. 5.692/71. Entretanto, naquele momento, ainda não havia nas universidades brasileiras cursos de formação para os professores de Educação Artística. Desse modo, em 1973, para atender a demanda, o governo criou cursos de graduação em Educação Artística, na modalidade de Licenciatura Curta, com duração de apenas dois anos, visando a formação de um professor que, segundo a proposta da época, deveria se tornar apto para ensinar conteúdos das quatro modalidades artísticas: Artes Visuais, Dança, Música e Teatro.
Com a promulgação da Constituição Federal em 1988, foi criada a nova LDB - Lei nº 9.394/96, que manteve a obrigatoriedade da Arte na Educação Básica: "O ensino da arte constituirá componente curricular obrigatório, nos diversos níveis da educação básica, de forma a promover o desenvolvimento cultural dos alunos" (artigo 26, parágrafo 2o).
A partir dos anos 80, com a mobilização de grupos de professores de Arte, surge no Brasil o movimento da Arte-Educação, objetivando ampliar discussões sobre a valorização e o aperfeiçoamento do professor de Arte, rever e propor novos percursos à ação educativa em Arte. Tais ações foram possíveis por meio da divulgação de idéias e princípios em todo o país, por meio de encontros e eventos promovidos por universidades, associações de arte-educadores e entidades públicas e particulares. Hoje, vemos que estas mobilizações geraram frutos bastante positivos, pois, percebemos que houve uma evolução nas discussões sobre a Arte nas instituições escolares, gerando novas concepções e metodologias para seu ensino e aprendizagem.
Uma dessas novas concepções foi a Metodologia Triangular, conhecida hoje como Proposta Triangular, que a autora Ana Mae Barbosa concebeu e a sistematizou a partir de três influências: As Escuelas al Aire Libre do México, o Critical Studies da Inglaterra e o DBAE desenvolvido nos Estados Unidos. A Proposta Triangular contempla o fazer artístico, mas também a sua contextualização e a leitura de imagem.
Em 1997 e 1998 foi apresentada, pelo Ministério da Educação, os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) de todas as disciplinas do currículo escolar, inclusive da Arte. Neles encontramos as proposições desta disciplina na rede escolar de ensino.
Enfim, percebemos que, assim como acontece em outras áreas de conhecimento, há um percurso histórico do Ensino de Arte, desde a pré-história até a contemporaneidade, onde é possível perceber que as criações e as realizações dos artistas, a existência de educadores em Arte, em instituições escolares ou fora delas, muito contribuíram para desenvolvimento da Arte na História humana.
Referências Bibliográficas:
BARBOSA, Ana Mae. Arte-Educação pós-colonialista no Brasil. In: Arte–Educação: conflitos/acertos. Belo Horizonte: Editora Arte, 1998, p. 30-81.
MARTINS, Mirian Celeste; PICOSQUE, Gisa: GUERRA, Maria Terezinha Telles. Didática do Ensino de Arte - A língua do mundo. Poetizar fruir e conhecer arte. São Paulo: FTD, 1998.
OSINSKI, Dulce Regina Baggio. Arte, história e ensino: uma trajetória. São Paulo, Cortez, 2001. (Coleção questões da nossa época; v. 79).
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21 de abr. de 2010
Arte com areia sobre vidro
Nossa, cada arte linda! À cada dia descobrimos novos talentos...
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Arte - Imagens/vídeos curiosos
Sereia Ariel (A Pequena Sereia)
Mais desenhos/riscos para colorir ou para painéis de festinhas de aniversários:
Fontes:
http://desenhoseriscos.blogspot.com/
http://nazarte.blogspot.com/
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http://desenhoseriscos.blogspot.com/
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Desenhos/Riscos
Boneca feita com material reciclável
Material:
• 23 tampinhas novas de garrafa pet de 2 lts, sendo 13 brancas e 10 da cor laranja
• 1 cabeça de boneca tamanho pequeno cor branca (dá impressão de porcelana)
• Agulha de costura
Agulha de crochê
• 1,5 mt de barbante de espessura média
• Linha de costura nas cores branca e preta
• Lã na cor branca, laranja e preta
• 1 capa de CD
• Régua ou fita métrica
• Tesoura
• Pistola com cola quente
Execução:
1. Primeiramente retire o lacre azul de dentro das tampinhas.
2. lave todas as tampinhas da garrafa pet com sabão e um pouco de cloro. Deixe de molho por um 30 minutos.
3. Após secar, fure no meio das tampinhas (pelo lado de fora) e no pescoço da cabeça da boneca nos dois lados com uma faca de ponta ou prego quente, como mostram as imagens abaixo:
4. Pegue o barbante e dobre ao meio. Com a agulha de crochê, puxe-o para dentro do pescoço da cabeça até sair do outro lado. Puxe o barbante de maneira que o tamanho dos “braços”fiquem menores do que as “pernas” . Corte o barbante como mostra na imagem abaixo:
5. Com a ajuda da agulha de crochê, coloque uma tampinha branca em baixo do pescoço. Com cuidado, faça dois nós rente a cada buraquinho (pescoço e buraco embaixo da tampinha):
6. Com a ajuda da agulha de crochê, coloque 4 tampinhas em cada “bracinho”, em cores alternadas, começando pela tampinha laranja nos “braços” e pela tampinha branco nas “pernas”:
7. Faça 5 “pompoms” com a lã: 1 na cor branca e 4 nas cores laranja. Enrole a lã em uma capa de CD sem apertar para sair facilmete, amarre-a ao meio com uma linha de costura resistente na cor branca e depois corte as beradas da lã ao meio. Obs: Deixe sobrar linha:
8. Faça outro pompom na cor preta para o cabelo. Desta vez, utilize um suporte bem maior para amarrar a lã, como um pedaço de papelão ou capa de caderno no tamanho de 15 cm, +-. Amarre a linha de costura na cor preta em 1/3 da lã.
9.Acerte as beradas dos pompons deixando as “mãozinhas e pezinhos” mais arredondados e o pompom na cor branca, cortar em formato de leque, como mostra na imagem abaixo:
10. Agora, é só costurar a linha que sobrou dos pompons laranjas nos nós feitos com barbante que estão abaixo das tampinhas. Corte as pontas da linha e do barbante. Cole com cola quente o pompom branco no pescoço da boneca e o “cabelo”preto em cima da cabeça da boneca deixando a parte menor como franja.
Está pronto a bonceca!
Obs:Na primeira vez de execução é mais demorado e difícil mas com a prática, vc pega a manha! Rsrs
Esta boneca possui pequenas partes que podem ser engolidas por crianças, cuidado! Utilize somente como enfeite em lugares altos.
Você pode mudar a cor das lãs conforme seu gosto, mas sempre é bom ter a cores constrastants.
Espero que tenham gostado!
Bjim
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20 de abr. de 2010
A importância do ensino de Arte na formação humana parte II
Por Carolina Rodrigues (nina)
Grande porcentagem das profissões está ligada direta ou indiretamente às Artes. Todas as atividades profissionais envolvidas com a imagem (cinema, publicidade, design, arquitetura, moda, etc.) são melhores desenvolvidas por pessoas que têm algum conhecimento de Arte.
Um dentista, especialista em restauração, por exemplo, se conhecesse Arte teria muito mais habilidade em moldar um dente, pois, para isso, é necessário ter atenção, percepção, noções de proporção, de cor, uma coordenação motora bem aguçada, dentre outros. Na indústria têxtil, desde a tessitura ao produto final, são bem mais atraentes os trabalhos desenvolvidos por profissionais que conhecem Arte.
Segundo Barbosa (1991), “todos os trabalhadores de TV, desde o produtor até o cameraman, seriam melhores profissionais se conhecessem Arte, porque estariam mais bem preparados para julgar a qualidade e a propriedade das imagens.” Foi feita uma pesquisa nos Estados Unidos mostrando que profissionais que tiveram algum curso artístico são mais eficientes, pois escolhem melhor os enquadramentos e dominam melhor a imagem que jogam em nossas casas.
Cada pessoa tem habilidades diferenciadas e por isto os indivíduos necessitam uns dos outros. A Arte faz parte da vida de todos nós e é importante na formação do ser humano, já que ela ajuda a desenvolver a sensibilidade, a visão de mundo, a percepção, a reflexão, a criatividade, o pensamento crítico, dentre outras habilidades.
O Ensino de Arte permite a compreensão de outros modos de viver e de ver o mundo, amplia nossa visão, não oferecendo verdades prontas e acabadas, mas, ao contrário, possibilita novas perguntas, novos questionamentos, levando à construção do conhecimento. A esse respeito, afirmamos que
A Arte e o ensino não é apenas uma questão, mas muitas questões, não um problema, mas inúmeros desafios, uma tentativa instalando estados de tensividades entre olhares, busca e encontros aprofundados, pois arte é conhecimento a ser construído incessantemente. (FRANGE, 2002, p.47).
Desse modo, a Arte na Educação é imprescindível no auxílio da formação de uma civilização, despertando em cada indivíduo a conscientização necessária à modificação do sistema vigente, pois, com a Arte no Ensino, os alunos aprendem a pensar, a analisar, refletir, ou seja, a Arte exige posicionamento do aluno frente ao que está posto, dando consciência aos seus direitos e deveres. Devido a isso, não são todos governantes que dão o devido valor no Ensino de Arte, pois, fica difícil manipular um povo possuidor de uma própria reflexão acerca de si mesmo e do mundo que o rodeia.
Referências Bibliográficas:
BARBOSA, Ana Mae. A imagem no Ensino de Arte: anos oitenta e novos tempos. São Paulo: Perspectiva /Ichope, 1991, 134 p.
FRANGE, Lucimar Bello P. Arte e seu ensino, uma questão ou várias questões? In:BARBOSA, Ana Mae (Org.). Inquietações e mudanças no ensino da Arte. São Paulo: Cortez, 2002.
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Fada Sininho
Mais desenhos/riscos para colorir ou para painéis de festinhas de aniversários:
Fontes:
http://pt.creatiblogs.com/
http://desenhoseriscos.blogspot.com/
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Desenhos/Riscos
O milagre da canção de um irmão
Gente, este vídeo é maravilhoso...
Vocês vão se emocionar...
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Para refletir
19 de abr. de 2010
Receita Massinha de Modelar Caseira
Material:
4 xícaras de farinha de trigo
1 xícara de sal
1 e 1/2 xícara de água
1 colher de sopa de óleo comestível
corante alimentício, gelatina em pó (fica com cor e com cheiro) ou anilina (a mesma utilizada em bolos)
Execução:
Em uma vasilha, misture a farinha, o sal, o óleo e a água aos poucos.
Amasse bem com as mãos até obter uma massa homogênia.
Divida em várias partes e em cada uma coloque o corante desejado.
Está pronta a massinha!
Obs: Para conservar a massa, guarde-a em saco plástico ou vasilha bem tampada. Pode-se reduzir a receita na metade.
Esta brincadeira desenvolve a coordenação motora, a percepção de volumes e proporções, o raciocínio espacial.
Bjim
A Imagem encontrei no site: http://www.instructables.com/id/How-to-Make-Playdough-Play-doh/
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18 de abr. de 2010
Moranguinho
Olá pessoal...
Para painéis de festinhas de aniversários ou desenhos para colorir da moranguinho, eis ótimas opções de riscos: (Clique na imagem para ampliar)
Fontes:
http://desenhoseriscos.blogspot.com/
http://www.painelcriativo.com.br/
http://pragentemiuda.blogspot.com/
http://www.riscosedesenhos.com.br
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